Não importa se só tocam o primeiro acorde da canção. A gente escreve o resto em linhas tortas, nas portas da perseguição. Em paredes de banheiro ou nas folhas que o outono leva ao chão. Em livros de história seremos a memória dos dias que virão. Se é que eles virão...

Não importa se só tocam o primeiro verso da canção. A gente escreve o resto sem muita pressa, com muita precisão. Nos interessa o que não foi impresso e continua sendo escrito à mão, escrito à luz de velas, quase na escuridão. Longe da multidão...

(Humberto Gessinger - Exército de Um Homem Só)

segunda-feira, 24 de junho de 2013

VEM PRA RUA!



Essa é uma Fábula Moderna sobre o que um dia irá se tornar um dos maiores momentos da história desse país, assim como a morte de Odete Roittmann e a descoberta de que a Zebrinha do Fantástico era a Ana Amélia Lemos com soluços.



UMA CANÇÃO DE CARNAVAL

Era uma vez uma bruxa muito malvada, temida por todos. Seu nome era Corrupição!

Ela era muito safada e esperta, a única forma de destruir a Corrupição era quando os habitantes do lindo reino chamado Brasil se unissem com a ajuda do Mago Anônimo S/A que possui o famoso Livro dos Rostos. Esse popular Best Seller escrito por Paul Rabit e Alan Kardec, segundo a lenda e a Rede Globo, irá guiar os habitantes da Terra Brasil até as estradas de tijolos verde e amarelos onde todos farão figuração para o comercial da FIAT gritando "Vem Pra Rua!".

É nesse ponto, com essa conjuração mágica que eles aparecem: os Ursinhos Carinhosos!  E com os olhos avermelhados de fúria e glitter eles se expremerem e soltam seus arco-íris e corações das barriguinhas fofas e em uma batalha televisionada até pela  Al Jazeera acertam a Corrupição e livram o Brasil dela!

Ao ver a Corrupição estribuchada no chão o povo desse reino encantado descobre o tamanho do seu poder e, não satisfeito, após passar dias e noites caminhando por milhares de quilômetros com seus cartazes em forma de pirulito na mão,  decide atravessar o Oceano Pacífico e Sem Violência para conquistar e dominar o povo do Reino de Saramandaia, onde tudo acaba em Hino.

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